domingo, 17 de março de 2013



EsfORÇo COLeTIvO”                                          por Arison Robert
Nesta unidade final o tema é: Teatro Contemporâneo
Iniciamos com a leitura do artigo “Presença dividida e sentido em deriva” que trata da estrutura da dramaturgia conjugada, além do vídeo de trechos dos espetáculos: “O paraíso perdido” com dramaturgia de Sérgio de Carvalho e direção de Antônio Araújo, de 1992 encenado na Igreja de Santa Ifigênia em São Paulo, “O livro de Jó” com dramaturgia de Luís Alberto Abreu e direção de Antônio Araújo este encenado em 1995, no interior do Hospital Humberto Primo, em São Paulo, ambos do grupo Teatro da Vertigem. Antes assistimos EVOÉ com José Celso Martinez – que registra a luta por reconhecimento do seu trabalho inovador através do Teatro Oficina onde o mesmo relata a experiência com o uso dos métodos clássicos (stanislavskianos) e que no vídeo o mesmo afirma: “O teatro é sacerdócio [...] é loucura, é doar-se pela arte que liga, transcende, desenvolve a percepção sensorial...” Que se destacam pela escrita conjugada, interatividade do publico, teatro narrativo, performático intertextualidade que possibilita trabalhar com textos não dramáticos, colagem e montagem , presença marcante do ator através da expressividade, presença corporal onde este narra, canta, dança, representa (performance). Observados por (COSTA, 2009, P.37).
“Nem a leitura de textos bíblicos como um ato físico, nem o livro sagrado cena na primeira peça da companhia paulista, Já no segundo trabalho da trupe podemos encontrar referências às Escrituras e à sua leitura em conexão com a interação efetiva das personagens, a exemplo da leitura em voz alta para grupos de ouvintes, como ocorre nos momentos em que o personagem Baldad faz a pregação religiosa, lendo trechos bíblicos.”
                   Em seguida trabalhamos a prática: relacionada com o Livro dos Abraços de Galeano, cada aluno recebe a cópia de uma página do livro, a página 200 que trabalhamos tem como título “Os sonhos do fim do exílio /3”. Depois da leitura movendo-se na sala, contar o sonho aos colegas em seguida ouvi-los. Num segundo momento contar um sonho baseado no texto e com a contribuição criativa de cada narrador. Eu buscava achar A CHAVE para abrir a porta, mas cada vez que me aproximava, ela ia se afastando e estava escuro de surpresa surge uma luz, neste momento as chaves caem no chão e agora somente com uma das chaves na mão foi que eu percebi que ela a chave se transformou em líquido e derramou-se pela casa. Todas as pessoas que eu encontrava nessa hora já haviam ido embora foi ai que finalmente cheguei e pra minha surpresa a porta já estava aberta...
                 Enquanto ouvia a narrativa do s colegas e também contribuía, percebi a importância do registro, embora nem sempre a gente se recorde com detalhes. Lembro-me com certeza do fato de descrever, por exemplo, que num determinado sonho eu caia, e este detalhe é comum nos sonhos de outras pessoas, também o fato de sonhar com alguém que você não conhece, e esta pessoa nos trata como se convivesse a tempos conosco, dos sonhos que não se repetem e ou aqueles que vem em série por uma determinada fase da vida.

                 Nada é por si só, mais imprevisível do que o ato de SONHAR!
                 Bem como afirma (Costa, 2009, p.33).
“... mas também nos próprios espetáculos, não somente como escrita de palavras, mas também de sons, gestos, movimentos objetos iluminação, imagens etc. É a noção de uma escritura articulada e colaborativa entre os âmbitos verbal e cênico, corporal e imagético, vocal e sonoro, que leva a priorizar um teatro afetivamente encenado e não propriamente um acerto universo de obras dramáticas disponível em livros.”
                 No dia 26/02 tivemos o prazer de ouvir o conto “O sonho de Ismar”.  Tínhamos em mãos a base para criar a estrutura de um roteiro através dos contos aliando claro, à criatividade de cada integrante do que fora estudado e experimentado nas aulas anteriores;  nasceu então SONHO MEU! Tendo como trilha a musica conhecida na voz de Maria Betânia, seguida da musica “Nos bailes da vida” com Milton Nascimento. Nossa equipe: Tieta, Tiara, Josemar, Vinicius e eu Arison.
                No teatro de bolso mesmo local que iniciou a disciplina:
             Posição de publico Silêncio de publico, atenção...
             De olhos fechados não me vejo mais que um simples texto essa é a proposta que faz deste módulo final da disciplina, partindo do tema: “SONHO” Esse é o meu sonho...  E mais uma vez é posto em teste a nossa imaginação na arte de sonhar um sonho coletivo, partindo do ponto de vista de toda a equipe, e pouco importa se tem ou não a ver, o que vale é acreditar e fazer com toda sinceridade que caracteriza a verdadeira arte de interpretar, convencer que é tudo por um momento único é inigualável o de representar o que foge do normal para muitos.
            O corpo ardendo em desejo por fazer algo diferente e ter como objetivo não cair na mesmice de tantos que insistem em fazer algo acabado Arte não!
           Esta não se define não se finada como muitas coisas na vida. “O SONHO NÃO ACABOU”.
                                                                          Abrem-se as cortinas
           As luxes ascendem
             É hora, agora ou nunca... E o resultado não poderia ter sido melhor; as três equipes que apresentaram de forma diversificada suas propostas, ricas em detalhe, em expressividade cênica, explorado diversas praticas de se representar o que fora trabalhado no decorrer das aulas dadas, e modéstia parte essa turma é:
           A TURMA!       
           O grito que sai da garganta:

PARA MUITO DE VOCÊS NÃO PASSAMOS DE DESOCUPADOS
VAGABUNDOS QUE SÓ ANDAM FAZENDO PERFORMANCES POR TODOS OS LADOS
NA VERDADE É MUITO FÁCIL GENERALIZAR
 MAS É POR CAUSA DE VOCÊS QUE INSISTIMOS EM CONTINUAR
É ISSO AÍ...
VOCÊ QUE RIR DA GENTE E QUE SÓ QUER RIDICULARIZAR
CHEGOU A HORA ENTÃO PRESTA ATENÇAÕ
NÃO VIEMOS TE AGRADAR E NEM TANTÃO POUCO TE FAZER SORRIR
SE ACHA QUE SOMOS PALHAÇOS ESTÃO RINDO DE NÓS
SUBAM NESSE PALCO E FAÇAM O MELHOR
TEMOS CONSCIÊNCIA DO QUE SOMOS E O QUE TEMOS                             
 E O QUE PODEMOS FAZER PODE CRER
ESSE É O FATO QUE NOS TORNA DIFERENTE
A VIDA É UMA LUTA VENHA LUTE COM A GENTE
ENFRENTADO A REALIDADE COMO ELA É
SOMOS DO CURSO DE TEATRO PRO QUE DER E VIER
UNIDOS EM TORMO DE UM OBJETIVO SÓ
MAIS DO QUE O OUTRO NINGUÉM É MELHOR
POIS ANTES DE TUDO SOMOS CONSCIENTES
PRA VOCÊ QUE DUVIDOU O TEATRO SEGUE EM FRENTE
TEMOS A CAPACIDADE E UMA MENTE CRIATIVA
O ESFORÇO COLETIVO ISSO QUE NOS INCENTIVA
 A FAZER DA NOSSA A COISA MAIS IMPORTANTE
CONVIVENDO LADO A LADO RESPEITANDO O SEMELHANTE
NÃO ESTAMOS AQUI PRA CONCORRER COM NINGUÉM
A TODOS ESTAMOS MOSTRANDO QUE TEMOS VALOR TAMBÉM
LUTAMOS MUITO ENFRENTANDO O PRECONCEITO
TUDO O QUE QUEREMOS É UM POUCO DE RESPEITO
SE ESTAMOS AQUI É PORQUE MERECEMOS
DE CABEÇA ERGUIDA NUNCA NOS VENDEMOS
 PODE CRER HAVEREMOS DE LUTAR
SE DEPENDER DE NÓS O TEATRO NUNCA VAI PARAR



Referencia:
COSTA Filho, José da. Teatro contemporâneo no Brasil: criações partilhadas e presença diferida.2009. Rio de Janeiro: 7LETRAS.
GALEANO Eduardo. O Livro dos abraços. 2006.São Paulo: Ed.LeM.

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