O EU sonho
Por Heidy Ataides
Sei
que a minha alma recebe e filtra tudo em sonhos, a vida antes de tudo acontece
quando eu sonho. Se o sonho modifica o meu dia, ele fica intenso de sensações
do sonho e trás novas perspectivas e renova a minha vontade de viver.
Se
deixar roubar pelo sono, sem deixar que o ladrão leve os meus sonhos, me
transporto em espírito vivo o invisível, converso comigo e me enxergo como
nunca, e amadureço em vida.
Acordar
com a inspiração nos sonhos é acreditar que a possibilidade de transformação
existe sempre!!
A
mais íntima das sensações e emoções são reveladas quando contamos um sonho,
confiamos ao outro sua maneira de ser sensível, a fragilidade, a emoção se
revela em sonho na oportunidade de nos desfazer da casca que construímos pra sermos
fortes socialmente. Nossas memórias acordam quando são provocadas, e me faz
lembrar que sonho é coisa de criança porque ser criança é viver sonhando com as
fantasias que nos veste a inocência e o poder infantil do que eu imaginasse
poderia acontecer como dar vida a um tijolo, a um pedaço de madeira (meu boneco
Rebeno), às folhas (dinheiro que comprava a merenda que mãe fazia), ao vento
que leva a música quando do balanço eu cantava no quintal da minha casa,
imaginando que dalí me levava pra passear nos galhos das árvores libertos.
A
inspiração pra vivenciar a arte contemporânea foi a partir daí, se as palavras,
a imaginação, e os sonhos têm poderes então um menino pode cair da nuvem
enquanto dorme em um lugar onde uma Kombi que virou árvore pode perfeitamente
falar. Isso mesmo, a Kombi que virou árvore pode dialogar com Carlinhos e
chamar-lhe a atenção para a leitura, a descoberta e a viagem fantástica pelas histórias
e contos infanto-juvenis. “Carlinhos pare de assistir televisão, os livros têm
muito mais pra te mostrar e muito mais o que despertar nessa imaginação”.
Adicionando luz, imagens e sonoplastia ao sonho de Carlinhos, a construção do
roteiro coletivo levou um ator pra cena e despertou no grupo interesses para
recursos áudio visuais para a construção dos movimentos necessários, além da
elaboração do texto com o assunto que gostaríamos de abordar, inspirados por
José da Costa quando afirma os caminhos para a construção da escrita teatral:
“É a noção de uma escrita articulada e colaborativa entre os âmbitos verbal e
cênico, corporal e imagético, vocal e sonoro...”
Encerrando
Prática de Criação Dramática com a encenação dos movimentos do roteiro no
Teatro de Bolso da UFMA, na colaboração com os outros grupos na improvisação
dos recursos técnicos, no registro dessas encenações e com a despedida de uma
disciplina que nos trouxe inspiração a partir do que pode ser simples mas muito
poético pra construção do teatro, com o fazer coletivo e colaborativo.
Sono, sonhos, dificuldades, transformações. Palavras muito bem postas Heidy. Sucesso e fé em Deus.
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