terça-feira, 19 de março de 2013

O EU sonho


O EU sonho

Por Heidy Ataides
Sei que a minha alma recebe e filtra tudo em sonhos, a vida antes de tudo acontece quando eu sonho. Se o sonho modifica o meu dia, ele fica intenso de sensações do sonho e trás novas perspectivas e renova a minha vontade de viver.
Se deixar roubar pelo sono, sem deixar que o ladrão leve os meus sonhos, me transporto em espírito vivo o invisível, converso comigo e me enxergo como nunca, e amadureço em vida.
Acordar com a inspiração nos sonhos é acreditar que a possibilidade de transformação existe sempre!!

 
A mais íntima das sensações e emoções são reveladas quando contamos um sonho, confiamos ao outro sua maneira de ser sensível, a fragilidade, a emoção se revela em sonho na oportunidade de nos desfazer da casca que construímos pra sermos fortes socialmente. Nossas memórias acordam quando são provocadas, e me faz lembrar que sonho é coisa de criança porque ser criança é viver sonhando com as fantasias que nos veste a inocência e o poder infantil do que eu imaginasse poderia acontecer como dar vida a um tijolo, a um pedaço de madeira (meu boneco Rebeno), às folhas (dinheiro que comprava a merenda que mãe fazia), ao vento que leva a música quando do balanço eu cantava no quintal da minha casa, imaginando que dalí me levava pra passear nos galhos das árvores libertos.

A inspiração pra vivenciar a arte contemporânea foi a partir daí, se as palavras, a imaginação, e os sonhos têm poderes então um menino pode cair da nuvem enquanto dorme em um lugar onde uma Kombi que virou árvore pode perfeitamente falar. Isso mesmo, a Kombi que virou árvore pode dialogar com Carlinhos e chamar-lhe a atenção para a leitura, a descoberta e a viagem fantástica pelas histórias e contos infanto-juvenis. “Carlinhos pare de assistir televisão, os livros têm muito mais pra te mostrar e muito mais o que despertar nessa imaginação”. Adicionando luz, imagens e sonoplastia ao sonho de Carlinhos, a construção do roteiro coletivo levou um ator pra cena e despertou no grupo interesses para recursos áudio visuais para a construção dos movimentos necessários, além da elaboração do texto com o assunto que gostaríamos de abordar, inspirados por José da Costa quando afirma os caminhos para a construção da escrita teatral: “É a noção de uma escrita articulada e colaborativa entre os âmbitos verbal e cênico, corporal e imagético, vocal e sonoro...”

Encerrando Prática de Criação Dramática com a encenação dos movimentos do roteiro no Teatro de Bolso da UFMA, na colaboração com os outros grupos na improvisação dos recursos técnicos, no registro dessas encenações e com a despedida de uma disciplina que nos trouxe inspiração a partir do que pode ser simples mas muito poético pra construção do teatro, com o fazer coletivo e colaborativo.

 

Um comentário:

  1. Sono, sonhos, dificuldades, transformações. Palavras muito bem postas Heidy. Sucesso e fé em Deus.

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