sábado, 16 de março de 2013

Teatro contemporâneo e seus encantos

 A aula começou com os depoimentos da turma sobre sonhos, um assunto tão gostoso de se conversar, todos nós contamos alguns de nossos sonhos e o que eles significam para nós. Lendas, premonições, lembranças, desejos, estes foram alguns conceitos que a turma deu para os sonhos. Ao final deste debate cada aluno fez um pequeno texto relatando seus sonhos e em seguida lemos em voz alta para turma.   Depois trabalhamos com os sonhos de Eduardo Galeano, um caçador de histórias que seleciona algumas historias que ouve  vive e transforma em livros, tivemos como referencia O livro dos abraços. Galeano diz que : " A memória viva nasce a cada dia."  abaixo algumas informações deste escritor:

Eduardo Galeano nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1940. Em sua cidade natal foi chefe do semanário Marcha e diretor do jornal Época. Em Buenos Aires, Argentina, fundou e dirigiu a revista Crisis. Esteve exilado na Argentina e Espanha desde 1973; no início de 1985 regressou ao Uruguai. Desde então reside em Montevidéu. E autor de vários livros, traduzidos em mais de vinte línguas, e de uma profusa obra jornalística. Recebeu o prêmio Casa das Américas em 1975 e 1978 e o prêmio Aloa dos editores dinamarqueses em 1993. A trilogia Memória do Fogo foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai e recebeu o American Book Award (Washington University, USA) em 1989. Em abril de 1999, foi distinguido com o Prêmio a Liberdade da Cultura, outorgado, em sua edição inaugural, pela Fundação Lannan, dos Estados Unidos.

A professora Gisele entregou para cada aluno um sonho de Galeano, começamos a nos movimentar pela sala e ao sinal dela, parávamos e contávamos este sonho para a pessoa que estava a nossa frente, no inicio era apenas uma narração do sonho nao precisava expressar emoção, logo em seguida, A Gisele leu em voz alta o sonho de Helena: Naquela noite, os sonhos faziam fila, querendo ser sonhados, mas Helena não podia sonhá-los todos, não dava. Um dos sonhos, desconhecido, se recomendava: — Sonhe-me, vale a pena. Sonhe-me, que vai gostar. Faziam fila alguns sonhos novos, jamais sonhados, mas Helena reconhecia o sonho bobo, que sempre voltava, esse chato, e outros sonhos cômicos ou sombrios que eram velhos conhecidos de suas noites voadoras. A turma formou uma fila e como se fossem os sonhos de Helena ficaram chamando a atenção sua atencao,  ao sinal da Gisele a pessoa que ela tocasse teria que fazer de tudo para convencer Helena a escolhe-lo. Depois deste momento, sentamos e individualmente cada aluno representou seu sonho em uma breve encenação.



 Na aula seguinte assistimos trechos do espetáculo O livro de Jó do grupo Teatro da Vertigem, este grupo  iniciou seus trabalhos em 1991 com experimentos baseados na Mecânica Clássica aplicados ao movimento expressivo do ator buscou desenvolver a ocupação de espaços não convencionais, aprofundou-se nas possibilidades cênicas do espaço e na exploração e utilização de objetos e materiais do local, que influenciaram diretamente todas as outras áreas de criação e no processo colaborativo como modo de criação do grupo. Seus principais espetáculos e intervenções cênicas foram:


  • O Paraíso Perdido - primeiro espetáculo da companhia 
  • O Livro de Jó, 
  • Apocalipse 1,11, 
  • História de Amor (últimos capítulos) de Jean-Luc Lagarce. 
  • BR-3
  •  Kastelo, 
  •  Bom Retiro.  
  • A peça Cartas de Despejo, 
  • A ópera Orfeu e Eurídice,  
  • A ópera Dido e Enéias, de Henry Purcell, 
  • Intervenção cênica Mauismo, no bairro da Bela Vista, local de sua sede e, também, convidou jovens diretores para a realização do projeto Leituras Encenadas.
  • Intervenção cênica A Última Palavra é a Penúltima a partir do texto O Esgotado, de Gilles Deleuze. 

Finalizamos o modulo com apresentações  cênicas criadas por nós e  inspiradas no livro de Galeano,  dos depoimentos dos sonhos  e a idéia proposta pela coordenadora do grupo de pesquisa Corpos Informáticos que existe desde 1992  e  professora da Universidade de Brasília, Maria Beatriz de Medeiros, conhecida como Bia Medeiros, a exposição de Kombis coloridas  plantadas como se fossem árvores. 





REFERÊNCIAS:

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços; tradução de Eric Nepomuceno. 9 ed. Porto Alegre: L&PM, 2002.

Disponível em: http://www.teatrodavertigem.com.br/site/index.php. acessado em 10/03/2013.



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